Teologia da Substituição: desvendando os equívocos e compreendendo a verdadeira relação entre Israel e Igreja

Uma cruz e uma estrela de Davi em um cenário celestial.

Você já ouviu falar na Teologia da Substituição? 🤔 Essa ideia sustenta que a Igreja teria substituído Israel no plano de Deus. Mas será que é isso que a Bíblia realmente ensina?

Durante muitos anos, eu acreditei firmemente que a Igreja era o “Israel de Deus”. No entanto, minha perspectiva mudou há cerca de três anos, quando, durante uma leitura de Romanos 9-11, me deparei com uma verdade que eu não tinha percebido antes. Foi em Romanos 11:15, que percebi algo fundamental: Deus ainda tem planos específicos para Israel, e as promessas a eles não haviam terminado!

“Pois, se a rejeição deles é a reconciliação do mundo, o que será a sua aceitação, senão vida dentre os mortos?”

Romanos 11:15

Esse foi um momento decisivo, e a partir daí mergulhei nas Escrituras para entender mais profundamente a relação entre Israel e a Igreja.

Neste post, procurei expor, à luz da Bíblia, como Israel e a Igreja coexistem no plano redentor de Deus. 🇮🇱💒 espero ter sido Clara o suficiente para que você possa compreender a profundidade do tema.

Oro para que não sejam as minhas palavras, mas o Espírito Santo trazendo Revelação ao seu coração! ✨️

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Origem da teologia da substituição

A Teologia da Substituição surgiu nos primeiros séculos da Igreja, quando a influência judaica diminuiu e a maioria dos cristãos passou a ser gentios.

Após a destruição do Templo em 70 d.C. e a ausência de um Estado de Israel por séculos, muitos líderes cristãos, como Agostinho, passaram a ensinar que a Igreja havia substituído Israel. Essa ideia também foi adotada por reformadores como Lutero e João Calvino, que acreditavam que, por Israel ter rejeitado Jesus, Deus agora rejeitava Israel.

Essa interpretação, contudo, ignora as promessas que Deus fez a Israel sobre sua terra e restauração, promessas que ainda aguardam cumprimento, como iremos ver a seguir.

Por que a teologia da substituição está errada?

Os argumentos contra a Teologia da Substituição se baseiam fortemente nas Escrituras. Em Romanos 11:25-26, Paulo afirma:

“Parte do povo de Israel tem o coração endurecido, mas isso só durará até que o completo número de gentios venha a Cristo. E então, todo o Israel será salvo.”

Isso deixa claro que o endurecimento de Israel é temporário, e que Deus ainda tem um plano para o povo judeu!

Se acreditássemos que Deus cancelou Suas promessas a Israel e as transferiu para a Igreja, como poderíamos confiar que Ele não faria o mesmo com as promessas feitas à Igreja? Mas Deus é fiel e cumpre Suas promessas, como Jesus nos lembra em Mateus 5:18:

“Nem a menor letra nem o menor traço da lei desaparecerá, até que todas as coisas se cumpram.”

Efésios 2:14-16 também é crucial:

“Pois Cristo é a nossa paz. Ele uniu judeus e gentios em um só povo, ao derrubar, por meio de seu corpo, o muro de inimizade que nos separava”.

Isso demonstra que Cristo uniu os dois povos, mas isso não significa que as promessas feitas a Israel foram anuladas; significa que a Igreja foi enxertada nas promessas, sem substituir o povo original.

A promessa de Deus para igreja e Israel

A Bíblia ensina que tanto Israel quanto a Igreja têm papéis distintos, mas conectados, no plano redentor de Deus. Em Romanos 11, Paulo explica que, embora alguns ramos (Israel) tenham sido cortados, os gentios foram enxertados na mesma oliveira. No entanto, esse enxerto não substitui a raiz original. A Igreja foi enxertada nas promessas, mas as promessas feitas a Israel continuam em vigor.

Romanos 11:17-18 nos lembra:

“Alguns desses ramos foram cortados, e vocês, que eram ramos de oliveira brava, foram enxertados no lugar deles. Agora vocês também recebem a bênção que vem da seiva da raiz da oliveira especial. Mas não se orgulhem de ter sido enxertados para substituir os ramos que foram cortados.”

Aqui, Paulo reforça a importância de reconhecer que a Igreja foi incluída no plano de Deus, sem desconsiderar as promessas feitas a Israel.

Além disso, em Efésios 3:6, Paulo explica que os gentios agora são “coerdeiros, membros do mesmo corpo e participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho.” Isso reforça a união de judeus e gentios em Cristo, mas sem substituir ou anular as promessas originais feitas a Israel como nação.

Por fim, em Romanos 11:15, Paulo afirma que

“se a rejeição deles trouxe reconciliação ao mundo, o que será a sua aceitação, senão vida dentre os mortos?”

Isso destaca que, no futuro, a restauração de Israel trará uma nova fase de bênçãos e vida. O papel de Israel ainda não foi cumprido completamente, e a promessa de restauração tem implicações globais, apontando para o poder redentor de Deus para toda a humanidade.

pessoas na expectativa, olhando para o céu.

A volta de Jesus e a conversão de Israel

A volta de Jesus está intimamente ligada à conversão de Israel, como nos mostram diversas passagens bíblicas. Em Romanos 11:25-26, Paulo explica que

“parte do povo de Israel tem o coração endurecido, mas isso só durará até que a plenitude dos gentios venha a Cristo. E então, todo o Israel será salvo.”

Isso significa que Deus ainda tem um plano para a salvação de Israel, e que o endurecimento atual é temporário.

Além disso, Paulo menciona em Romanos 11:15 que

“se a rejeição deles trouxe reconciliação ao mundo, o que será a sua aceitação, senão vida dentre os mortos?”

Essa aceitação futura de Israel trará uma renovação espiritual global, algo comparável a um renascimento. Alguns estudiosos da Bíblia, incluindo eu, acreditam que essa expressão, “vida dentre os mortos”, está diretamente relacionada à ressurreição dos mortos. Essa aceitação de Israel trará não apenas uma renovação espiritual, mas também a ressurreição física, parte central do plano redentor de Deus. Embora essa interpretação seja compartilhada por muitos, há quem discuta essa visão.

Jesus também disse em Mateus 23:39:

“Pois eu lhes digo que vocês não me verão novamente até que digam: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor’.”

Isso indica que o reconhecimento de Jesus como Messias por Israel será o marco da Sua volta.

Zacarias 12:10 também profetiza esse momento, onde diz que

“E derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de súplica. Olharão para mim, aquele a quem traspassaram, e pranteá-lo-ão como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por ele como quem chora por um filho primogênito.”

Tudo isso reforça que o plano de Deus para Israel está diretamente conectado com a segunda vinda de Cristo.

Aprofunde-se no tema com o livro ‘Por Amor de Sião’

Se você gostou do tema e é algo novo para você, recomendo fortemente a leitura de Por Amor de Sião, escrito pelo teólogo reformado Franklin Ferreira. É uma leitura valiosa para quem quer entender melhor a relação entre Israel e a Igreja no plano de Deus. Com uma abordagem clara e fundamentada nas Escrituras, Ferreira mostra como ele mesmo percebeu o equívoco de uma visão teológica que muitas vezes ignora o papel de Israel na história da redenção. Neste livro, ele explica de forma cuidadosa a fidelidade de Deus às suas promessas e como isso impacta nossa fé hoje. É como sentar para um bate-papo profundo e enriquecedor sobre a Bíblia.

Capa do livro Por Amor de Sião

Deseja entender mais sobre o papel de Israel no plano redentor de Deus? Garanta já o seu exemplar de Por Amor de Sião e aprofunde sua fé e conhecimento!

Aplicando essa verdade em nossa vida de oração

Compreender a distinção entre a Igreja e Israel tem implicações profundas em nossa vida de oração. Saber que Deus não abandona Suas promessas nos dá confiança em Sua fidelidade tanto para com Israel quanto para a Igreja. Isso fortalece nossa intercessão constante, nos lembrando que nossas orações, tanto em secreto quanto coletivas, estão alinhadas ao plano redentor de Deus.

Isaías 62:6-7 nos exorta a não ficarmos em silêncio, mas a clamarmos continuamente até que Jerusalém seja estabelecida como um louvor na terra:

“Vocês, os que clamam ao Senhor, não se entreguem ao repouso e não lhe concedam descanso, até que Ele restabeleça Jerusalém”

Nossas orações são como o incenso que sobe diante de Deus, enchendo as taças até que Suas promessas se cumpram.

O Salmo 122:6 também nos instrui:

“Orem pela paz em Jerusalém! Que todos os que amam essa cidade prosperem.”

Essa oração por Jerusalém fortalece nossa vida de oração e intercessão pela paz e pelo cumprimento das promessas divinas. Em cada oração, sabemos que estamos contribuindo para o plano de Deus, tanto para Israel quanto para a Igreja.

Continue explorando

Quer aprofundar ainda mais seu conhecimento sobre a teologia da substituição? Então, assista o podcast das Edições Vida Nova com o professor Franklin Ferreira. Nele, ele fala um pouco sobre este tema e do livro: “Por Amor de Sião”.

E, se você deseja refletir mais sobre questões teológicas e doutrinárias e como elas impactam a vida de oração e a caminhada cristã, convido você a explorar outros conteúdos, disponíveis no blog. Esses temas são centrais para compreender o plano de Deus e aprofundar nossa fé.

Compartilhe nos comentários suas reflexões e como essas verdades têm influenciado sua vida de oração. Vamos juntos continuar crescendo no entendimento da Palavra!

Deus abençoe você! 🤎

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