Saiba o que a parábola esquecida de Jotão tem a ver com o seu propósito de vida

Imagem de árvores em diferentes estágios de desenvolvimento, ilustrando a parábola de Jotão.

Você já se perguntou se está vivendo o propósito pessoal que Deus tem para você? Essa semana, enquanto lia o livro de Juízes na minha leitura cronológica da Bíblia, me deparei com a parábola de Jotão, muitas vezes esquecida, mas cheia de sabedoria para nossos dias, onde a busca por reconhecimento e aprovação dita o que é importante e valioso.

🤎 Acompanhe neste post

Conheça a parábola de Jotão

A parábola de Jotão é encontrada em Juízes 9. Nela, o filho mais novo de Gideão nos conta como as árvores decidiram eleger um rei para governá-las. Aqui está como a história se desenrola:

“Certo dia, as árvores decidiram eleger um rei. Primeiro, disseram à oliveira: ‘Seja o nosso rei!’. 
A oliveira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar a minha rica produção de azeite, que é usada para honrar tanto a Deus quanto aos homens, para dominar sobre as outras árvores?’ 
Então, disseram à figueira: ‘Seja o nosso rei!’. 
A figueira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar a minha doçura e os meus deliciosos frutos para dominar sobre as outras árvores?’ 
Depois, disseram à videira: ‘Seja o nosso rei!’. 
A videira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu vinho, que alegra a Deus e aos homens, para dominar sobre as outras árvores?’ 
Finalmente, todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Venha, seja o nosso rei!’. 
E o espinheiro respondeu às árvores: ‘Se de fato desejam me fazer rei, venham e abriguem-se sob a minha sombra! Se, porém, não o fizerem, que saia fogo do espinheiro e consuma até os cedros do Líbano
!’”

Juízes 9:8-15 NVT

O espírito de Babel revelado pela parábola de Jotão

Desde os tempos antigos, a humanidade tem sido inclinada a buscar o próprio reconhecimento. Não é um privilégio da nossa geração querer fazer o nosso nome conhecido, e não foi o tio Zuck que inventou isso. Esse desejo está enraizado em nossa carne, em nossa essência, por conta do pecado.

Vemos isso claramente na construção da Torre de Babel, onde as pessoas se uniram para fazer um nome para si mesmas, desafiando a soberania de Deus e tentando estabelecer sua própria grandeza. Esse desejo de ser conhecido, de se destacar, é algo que atravessa os milênios e continua presente na nossa cultura atual.

Uma visão do pecado

Lembro-me de um dia estar orando sobre o meu propósito pessoal. Durante essa oração, tive uma visão de um muro robusto, formado por pedras grandes e médias. Enquanto orava, eu olhava para as pedras grandes, desejando ser uma delas. Mas então, percebi um buraquinho pequeno no muro, quase imperceptível. Nesse momento, tive a impressão de ouvir o Senhor falar: “Roberta, eu posso contar contigo para ser uma pedrinha que caiba exatamente nesse buraquinho.”

Essa visão me impactou profundamente, pois me mostrou que, muitas vezes, o nosso propósito não está em ser grande aos olhos humanos, mas em preencher exatamente o lugar que Deus nos designou. Mesmo que esse lugar pareça pequeno ou insignificante, ele é vital para o todo. Assim como aquele pequeno buraco no muro precisava ser preenchido, cada um de nós tem um papel único e importante no reino de Deus.

Quantas vezes nós somos inclinados a buscar posições de destaque, achando que isso traz realização? Vivemos em uma cultura que muitas vezes valoriza mais a aprovação humana, o número de seguidores e a fama do que a fidelidade ao propósito que Deus nos deu. Essa busca não é incomum nem mesmo dentro das igrejas, onde muitas vezes quem é visto como uma pessoa de sucesso é aquele que está com um microfone na mão.

Uma verdade profunda contida na parábola de Jotão

A parábola de Jotão, que parece uma simples história de árvores, esconde uma verdade profunda: as árvores, como a oliveira, a figueira e a videira, recusaram a posição de destaque porque reconheceram o valor de continuar cumprindo o papel para o qual foram criadas. Elas não se deixaram levar pelo brilho e pelo poder de uma posição influente, porque sabiam que seu verdadeiro valor estava em servir a Deus e aos outros de acordo com o propósito que Ele lhes deu.

A verdadeira realização, a verdadeira alegria, vem de abraçar o papel que Deus nos chamou a desempenhar, mesmo que ele não seja o mais glamouroso ou reconhecido pelos homens. Se você ainda não descobriu qual é o propósito específico que Deus tem para a sua vida, quem sabe agora não é a hora de buscá-lo em oração? Pergunte ao Senhor, peça orientação, e confie que Ele revelará o caminho certo. E se você já conhece o propósito que Deus colocou em seu coração, abrace-o com toda a sua força.

Lembre-se: o valor do seu chamado não é medido pelo reconhecimento humano, mas pela obediência a Deus e pela fidelidade ao que Ele te confiou. Que possamos todos aprender com a sabedoria das árvores da parábola de Jotão e viver de acordo com o propósito único que Deus nos deu, honrando ao Senhor em tudo o que fazemos!

continue no processo de Deus

Ao refletir sobre a parábola de Jotão e nosso propósito individual, lembramos que esse é um processo contínuo. Cada passo que damos é uma oportunidade de nos alinhar ainda mais com o que Deus deseja para nós.

Para aprofundar essa jornada, convido você a assistir ao vídeo “Deus te fez de Propósito” do JesusCop, que explora como cada um de nós foi criado com um propósito específico e valioso. Além disso, a aula nos dá ferramentas para descobrir o propósito individual de forma bem simples.

Confira também outras reflexões e devocionais aqui no blog, que podem fortalecer sua caminhada e renovar sua perspectiva. Vamos juntos, crescendo no processo de Deus!

Deus abençoe você! 🤎

Ah, antes de ir, que tal compartilhar este conteúdo com alguém que também possa se inspirar?

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